segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Solos


O solo é a camada fina de material solto que cobre grande parte da superfície terrestre, à excepção das regiões polares e dos desertos. É constituído sobretudo por fragmentos de rocha meteorizada e matéria orgânica em decomposição. Mas a variedade de plantas e animais que vivem no solo ajudam a transformá-lo num sistema dinâmico sempre em mudança.


Os solos fornecem o suporte para as raízes, armazenando água o tempo suficiente para esta ser utilizada pelas plantas, fixando assim, nutrientes essenciais para a vida. Sem os solos, a paisagem da Terra seria tão estéril como a de Marte. A maioria da biodiversidade terrestre ocorre no interior do solo e não sobre ele.

Constituintes do Solo


* Ar;

* Água;

* Matéria Orgânica;

* Matéria Mineral.

Importância dos Solos



O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre. O solo fornece água, oxigénio e nutrientes para o desenvolvimento das mais diversas plantas.

O solo é um recurso natural com diferentes utilidades, ele pode ser utilizado:


* No cultivo de plantas para finalidades variadas, como a obtenção de alimentos;


* Em pastagens que permitem a criação de animais;


* Como suporte de jardins, praças e parques que embelezam ambientes e proporcionam momentos de lazer;


* Como suporte de casas e outras edificações necessárias às actividades humanas;


* Como abertura de estradas e vias, que permitem o tráfego;


* Como fonte de materiais diversos, como areia e argila empregues na construção civil e de objectos.




Formação dos Solos


A formação dos solos é um processo muito lento, tem uma longa duração e depende vários factores, contudo segue sempre as mesmas etapas.

O elemento principal deste processo, denominado por Rocha Mãe é fundamental na definição do tipo de solo que se irá formar.


1º Etapa - A rocha mãe surge à superfície da Terra.





2º Etapa - Os factores externos, como o vento, a água, a temperatura e os seres vivos, vão desgastando a rocha, provocando a sua fragmentação e a alteração química.






3º Etapa - Os restos de seres vivos colonizam a rocha juntamente com as partículas resultantes da fragmentação desta. Quando os seres vivos morrem, os fragmentos da rocha que se vão originando, acumulam-se formando um solo pouco espesso, o solo primitivo.



4º Etapa- Surgem pequenas plantas com raízes e pequenos animais, como os insectos. Estes seres vivos facilitam a fragmentação da rocha e, quando morrem, a matéria orgânica torna o solo mais complexo.




5º Etapa - Por último, começam a desenvolver-se plantas e a surgirem animais de maior porte. Os restos deste organismo e os materiais resultantes da sua decomposição vão enriquecendo o solo, que acaba por ficar constituído por várias camadas distintas, originando um solo maduro.



Constituição dos Solos



Horizonte O - É constituído pela acumulação de folhas e outros restos de plantas e animais.

Horizonte A - É constituído por produtos resultantes da decomposição dos seres vivos, juntamente com alguma matéria mineral. Nesta camada podem encontrar-se alguns animais e raízes de plantas.

Horizonte B – É formado por fragmentos minerais e por alguns materiais provenientes da decomposição dos seres vivos.

Horizonte C – É constituído por fragmentos minerais, resultantes da desagregação da Rocha Mãe.

Rocha Mãe – Rocha a partir da qual se forma o solo.





Destruição dos Solos



O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico.


O Homem cultiva e constrói sobre o solo, sem se importar se o prejudica ou não. Sempre que adiciona qualquer substância estranha, o Homem está a poluir e a destruir o solo.


A degradação dos solos pode ocorrer por diversas razões, sendo elas:

* A erosão dos solos (desflorestação e incêndios);

* O crescimento das cidades;

* A contaminação dos solos provocada pelas indústrias;

* Uso de produtos químicos na agricultura.


Medidas para conservar e proteger os solos:

* Distribuir periodicamente estrume nos solos;

* Adubar os solos;

* Alterar as culturas de cultivo;

* Não abusar dos pesticidas;

* Fornecer água ao solo através da irrigação;

* Aterros sanitários;

* Separação e tratamento de lixos.

Agricultura


Definição:

Actividade que tem por objectivo retirar do solo alimentos para a sobrevivência do Homem, bem como de matérias-primas.


Factores que condicionam a actividade agrícola

A produção agrícola no nosso planeta é muito irregular e é condicionada por factores físicos e humanos:


Factores físicos

* Clima

* Relevo

* Solos




O clima é um factor muito importante no desenvolvimento da agricultura, porque há plantas que necessitam de diferentes níveis de calor e de mais ou menos água. Os climas temperados são mais propícios à agricultura.

O relevo condiciona a agricultura, uma vez que os terrenos montanhosos são difíceis de cultivar e os solos são pobres devido à erosão.

Os solos se forem muito húmidos ou muito secos também não são bons para a agricultura.



Factores Humanos

* Sociais

* Culturais

* Económicos


A agricultura depende da tecnologia disponível. Se o trabalho for em grande parte realizado por equipamentos tecnológicos, obtêm-se uma maior produtividade, por outro lado, os produtos químicos tornam o solo mais fértil e aumenta o rendimento.

Nas regiões com maior poder económico, investe-se mais na agricultura, tornando-a mais desenvolvida.

A estabilidade política e social também é relevante para a agricultura, pois numa região onde exista guerras ou outros conflitos a actividade agrícola diminui e as populações abandonam os campos e as culturas.





sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Agricultura Tradicional/Moderna


A actividade agrícola tem sofrido evoluções significativas, principalmente a nível tecnológico.

Agricultura tradicional

A agricultura tradicional é praticada essencialmente nos países em desenvolvimento. Utiliza técnicas rudimentares e pratica a policultura (cultivo de várias espécies vegetais). Visa a subsistência da família, pelo que o rendimento e a produtividade agrícola são reduzidos.




Agricultura Moderna

A agricultura moderna é praticada nos países desenvolvidos. Este sistema emprega técnicas agrícolas mecanizadas e exerce a monocultura (cultivo de uma espécie vegetal). A produção da agricultura moderna destina-se à comercialização obtendo elevados rendimentos.



Tipos de Agricultura


Agricultura Biológica

A agricultura biológica baseia-se em processos naturais e ecológicos. Recorre à mecanização e ao apoio científico, não usando produtos químicos para a fertilização ou para o combate às pragas.

Esta agricultura não polui os lençóis freáticos, reduz a emissão de gases para a atmosfera, melhora os solos e favorece a biodiversidade.

Os alimentos biológicos são muito mais saudáveis, porém também são mais caros.


Agricultura Itinerante


A agricultura itinerante é a mais antiga do planeta e utiliza técnicas de cultivo muito simples, é praticada essencialmente por povos nómadas.

O agricultor corta as árvores, abrindo uma clareira, posteriormente lança-lhe o fogo, servindo as cinzas para fertilizar a terra.

Quando esta está preparada, procede ao cultivo das espécies. Passados dois ou três anos os solos ficam esgotados, o agricultor e a sua família abandonam os campos e procuram novos lugares para as queimadas.



Agricultura da Ásia das monções ou rizicultura


No sudeste asiático, os sistemas de ventos periódicos provocam elevadas precipitações e altas temperaturas, favorecendo a cultura do arroz.

Através de técnicas agrícolas minuciosas, o arroz é produzido em grandes quantidades.

Devido à elevada densidade populacional, procura-se obter várias colheitas ao longo do ano.


Agricultura de plantação

Nos países em desenvolvimento existem grandes plantações pertencentes a empresas localizadas nos países desenvolvidos.

Esta forma de agricultura é caracterizada pelo cultivo, em grandes propriedades, de produtos tropicais como o café, cana-de-açúcar, cacau, banana, etc.

Estes produtos destinam-se à exportação, são utilizadas tecnologias modernas com a utilização de mão-de-obra barata.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Silvicultura


Definição:

A silvicultura é a actividade que se destina ao uso adequado das florestas, esta ciência visa satisfazer as necessidades do mercado. Esta técnica agrícola implanta métodos naturais e artificiais e aplica-se através da plantação, tratamento e exploração florestal.


A prática da silvicultura é relativamente recente e tem-se desenvolvido entre as mais modernas tecnologias.


Espécies florestais

* Eucalipto;

* Pinheiro;

* Castanheiro;

* Carvalho;

* Azinheira;

* Sobreiro.

Extracção de Rochas e Minerais


Recursos minerais – Aglomerações de rochas e minerais que são extraídos da crosta terrestre pelo Homem através da exploração mineira.

Tipos de recursos minerais:
*Metálico: Ferro, cobre, estanho…
*Não - Metálicos: Calcário, quartzo, mármore…


As rochas e os minerais extraídos do solo são utilizados para diferentes situações, como por exemplo, em combustíveis fosseis, joalharias, construção de automóveis, produção de chips, entre muitos outros.




Exploração dos recursos minerais


A extracção de rochas e minerais exige diferentes actividades mineiras utilizadas de acordo com o método de lavra.

Este processo divide-se em três etapas, sendo elas:

*Perfuração – Para extrair os minerais do solo é utilizada uma máquina de perfuração hidráulica;

*Desmonte – Após a execução da perfuração são colocados explosivos nos furos, procedendo-se assim à detonação fragmentando o minério;


*Remoção – Os minerais extraídos da mina são carregados e transportados até à instalação de processamento.




Consequências da exploração dos recursos minerais

*Poeira;

*Erosão;

*Poluição ambiental;

*Ruídos e vibrações;

*Tráfego de veículos;

*Abandono de resíduos;

*Perda da biodiversidade;

*Várias guerras entre nações;

*Destruição de ecossistemas;

*Contaminação de cursos de água;

*Alteração e degradação da paisagem;

*Libertação de poeiras prejudiciais ao Homem.



As medidas a fim de defender o meio ambiente obrigam a considerações de recuperação, à realização de projectos e a elevados custos de restabelecimento.


Em Portugal…


Os recursos minerais não-metálicos são abundantes no nosso país. O xisto, o granito, o mármore, o basalto, o calcário, as argilas e as areias destinam-se, particularmente a materiais de construção e de ornamentação.